quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cidade de Turim utiliza ovelhas para limpar jardins

Numa tentativa de manter os jardins municipais limpos poupando dinheiro, a cidade de Turim vai utilizar 700 ovelhas para realizar a manutenção dos seus parques.

Na última terça-feira, a policia da cidade fechou as estradas para deslocar até ao parque “Meisino”, o primeiro grupo de ovelhas, poupando desta forma, nos primeiros dois meses, 30 mil euros em despesas de trabalhos de jardinagem.

Segundo um pastor responsável pelos rebanhos, as ovelhas cumprem a finalidade na perfeição e a cidade economiza nas despesas, mantendo, ao mesmo tempo, o parque limpo, tal como o pastor que não necessita de alugar terras para alimentar as sua ovelhas. Depois de dois meses na cidade, as ovelhas regressam às pastagens alpinas onde passam o Verão.

Fonte:
http://www.confagri.pt/NR/exeres/6A3D2D1B-3A6F-4E27-A29D-FC31CB583117.htm

Opinião pessoal

Como vimos neste caso e, embora possa parecer insólito, os animais podem fazer as tarefas dos Homens e ainda ficar a beneficiar. Esta é a base da agricultura biológica que utiliza animais para eliminar pragas.

Nova espécie de insecto pode contribuir para controlo de pragas

Uma nova espécie de insecto,chamado Ungla ivancruzi, que é capaz de contribuir para o controlo biológico de pragas em diversas culturas agrícolas foi identificada.A identificação deste novo inimigo natural de pragas é um exemplo que reforça o quanto as pesquisas na área de controle biológico ainda devem avançar.

Pertencente à família dos principais agentes de controle biológico de pulgões, tem uma diferença em relação aos outros inimigos naturais: em cada postura são depositados de 20 a 30 ovos. Já a postura de outros crisopídeos é de apenas um ovo.

A Ungla ivancruzi é predadora de pulgões, ácaros, pequenos artrópodes, da lagarta-do-cartucho, principal praga que ataca a cultura do milho, e da broca-da-cana, a Diatraea saccharalis, que vem sendo apontada como séria ameaça à mesma cultura. A nova espécie consome mais de 200 pulgões por dia. Este agente de controlo biológico pode ser aplicado em diversas culturas, como em milho, tomate, couve.
Logo após a liberação do insecto, feita nas fases adulta, larval ou de ovos, o controle dos inimigos naturais já começa a ser feito. A Ungla ivancruzi tem um grande potencial para se tornar realidade na agricultura, já que pode ser criada e multiplicada em laboratórios usando tecnologias já conhecidas.

A prática do uso de agentes de controle biológico na agricultura, ainda pouco disseminada, esbarra no desconhecimento de muitos produtores que optam pelo uso indiscriminado de produtos químicos, que dão um resultado imediato, mas paliativo. Muitos agricultores, por desconhecimento, buscam métodos imediatos no controlo de pragas. No entanto, na natureza, há mais inimigos naturais do que pragas e os inseticidas têm dizimado muitos inimigos naturais. Hoje, com as pesquisas mostrando os pontos negativos do uso indiscriminado de produtos químicos, como a ocorrência de novas pragas ou a resistência das já existentes aos inseticidas, devemos oferecer condições para que os inimigos naturais se multipliquem. A tendência já é seguida por diversos grupos de agricultores.

Um exemplo é o grupo Reijers de produção de flores no Brasil. O grupo, além de desenvolver novas culturas de rosas, exporta parte da produção para a Europa e fazia até há dois anos o controle químico de pragas nas lavouras.
"Notamos que com o controlo químico as infestações de novas pragas estava a aumentar. Decidimos, então, a fazer o controle seletivo das pragas mais severas e apostamos no controle biológico dos ácaros", descreve o engenheiro ambiental e coordenador da Reijers. Além do ataque do ácaro nas plantações de rosas, a infestação de mosca-branca era constante. Numa área de 16 hectares, o coordenador diz que conseguiu uma eficiência no controle de até 85% desta praga usando crisopídeos. Depois da libertação dos agentes de controle biológico nas lavouras, a própria infestação de pragas diminuiu muito, já que se permite a multiplicação de novos inimigos naturais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000235.php

Opinião pessoal

Finalmente está-se a redescobrir que os métodos de controlo de pragas utilizados no passado podem ser mais eficazes do que eu se pensava. Isto é muito importante pois mostra que há alternativas quer a pesticidas quer aos transgénicos que produzem esses mesmos pesticidas. Tudo isto é um grande passo para a agricultura biológica que se está a afirmar como uma grande alternativa.

Compreensão dos transgénicos

O pouco conhecimento sobre os mecanismos de controlo de fluxo génico é um dos maiores entraves atuais para o cultivo de plantas transgénicas no mundo. Um trabalho desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Pasadena, EUA, baseado em conhecimentos de genética molecular, permite compreender melhor o processo de reprodução vegetal e, consequentemente, o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.

O conhecimento adquirido pela utilização da genética molecular em combinação de modelos experimentais em biologia vegetal nos últimos 15 anos vem permitindo um grande avanço no conhecimento dos mecanismos envolvidos da reprodução vegetal.

Dois resultados dos estudos de Arabidopsis, como organismo modelo, merecem destaque: a indução da floração e a formação da flor. Para indução da floração é necessária uma complexa cadeia de sinais que envolvem qualidade da luz, foto-período, estudos de hormonas e da semente, entre outros factores. Muitos dos genes envolvidos nestas etapas já foram caracterizados e, nos últimos anos, começaram a ser utilizados em biotecnologia vegetal para obtenção de plantas com redução da fase juvenil.

A floração adiantada é uma característica agronómica de grande valia em estratégias de melhoramento tradicional. Esses exemplos ilustram a forte ligação entre o conhecimento adquirido a partir de um organismo modelo e a obtenção de um produto tecnológico. Além dos aspectos relacionados diretamente à produção, o melhor entendimento da reprodução vegetal é fundamental para o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.

Actualmente o fluxo génico é considerado um dos principias problemas na adopção dos cultivos de plantas transgênicas em todo mundo. O grupo da UFRJ, em colaboração com a Universidade de Pasadena vem estudando de maneira sistemática a expressão génica em órgãos florais com o objetivo de entender como os genes reguladores da identidade dos orgãos florais actuam para a formação das diversas partes da flor (sépalas, pétalas, estames, carpelos). Os estudos vêm contribuindo de forma significativa para a melhor compreensão dos eventos moleculares que são responsáveis pelo desenvolvimento reprodutivo de vegetais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000236.php

Opinião pessoal

Embora esta descoberta poder ser importante no desenvolvimento de culturas biológicas, ele não responde ás questões fundamentais dos OGM que tem a ver com om impacto na Natureza.