O pouco conhecimento sobre os mecanismos de controlo de fluxo génico é um dos maiores entraves atuais para o cultivo de plantas transgénicas no mundo. Um trabalho desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Pasadena, EUA, baseado em conhecimentos de genética molecular, permite compreender melhor o processo de reprodução vegetal e, consequentemente, o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.
O conhecimento adquirido pela utilização da genética molecular em combinação de modelos experimentais em biologia vegetal nos últimos 15 anos vem permitindo um grande avanço no conhecimento dos mecanismos envolvidos da reprodução vegetal.
Dois resultados dos estudos de Arabidopsis, como organismo modelo, merecem destaque: a indução da floração e a formação da flor. Para indução da floração é necessária uma complexa cadeia de sinais que envolvem qualidade da luz, foto-período, estudos de hormonas e da semente, entre outros factores. Muitos dos genes envolvidos nestas etapas já foram caracterizados e, nos últimos anos, começaram a ser utilizados em biotecnologia vegetal para obtenção de plantas com redução da fase juvenil.
A floração adiantada é uma característica agronómica de grande valia em estratégias de melhoramento tradicional. Esses exemplos ilustram a forte ligação entre o conhecimento adquirido a partir de um organismo modelo e a obtenção de um produto tecnológico. Além dos aspectos relacionados diretamente à produção, o melhor entendimento da reprodução vegetal é fundamental para o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.
Actualmente o fluxo génico é considerado um dos principias problemas na adopção dos cultivos de plantas transgênicas em todo mundo. O grupo da UFRJ, em colaboração com a Universidade de Pasadena vem estudando de maneira sistemática a expressão génica em órgãos florais com o objetivo de entender como os genes reguladores da identidade dos orgãos florais actuam para a formação das diversas partes da flor (sépalas, pétalas, estames, carpelos). Os estudos vêm contribuindo de forma significativa para a melhor compreensão dos eventos moleculares que são responsáveis pelo desenvolvimento reprodutivo de vegetais.
Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000236.php
Opinião pessoal
Embora esta descoberta poder ser importante no desenvolvimento de culturas biológicas, ele não responde ás questões fundamentais dos OGM que tem a ver com om impacto na Natureza.
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