quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cidade de Turim utiliza ovelhas para limpar jardins

Numa tentativa de manter os jardins municipais limpos poupando dinheiro, a cidade de Turim vai utilizar 700 ovelhas para realizar a manutenção dos seus parques.

Na última terça-feira, a policia da cidade fechou as estradas para deslocar até ao parque “Meisino”, o primeiro grupo de ovelhas, poupando desta forma, nos primeiros dois meses, 30 mil euros em despesas de trabalhos de jardinagem.

Segundo um pastor responsável pelos rebanhos, as ovelhas cumprem a finalidade na perfeição e a cidade economiza nas despesas, mantendo, ao mesmo tempo, o parque limpo, tal como o pastor que não necessita de alugar terras para alimentar as sua ovelhas. Depois de dois meses na cidade, as ovelhas regressam às pastagens alpinas onde passam o Verão.

Fonte:
http://www.confagri.pt/NR/exeres/6A3D2D1B-3A6F-4E27-A29D-FC31CB583117.htm

Opinião pessoal

Como vimos neste caso e, embora possa parecer insólito, os animais podem fazer as tarefas dos Homens e ainda ficar a beneficiar. Esta é a base da agricultura biológica que utiliza animais para eliminar pragas.

Nova espécie de insecto pode contribuir para controlo de pragas

Uma nova espécie de insecto,chamado Ungla ivancruzi, que é capaz de contribuir para o controlo biológico de pragas em diversas culturas agrícolas foi identificada.A identificação deste novo inimigo natural de pragas é um exemplo que reforça o quanto as pesquisas na área de controle biológico ainda devem avançar.

Pertencente à família dos principais agentes de controle biológico de pulgões, tem uma diferença em relação aos outros inimigos naturais: em cada postura são depositados de 20 a 30 ovos. Já a postura de outros crisopídeos é de apenas um ovo.

A Ungla ivancruzi é predadora de pulgões, ácaros, pequenos artrópodes, da lagarta-do-cartucho, principal praga que ataca a cultura do milho, e da broca-da-cana, a Diatraea saccharalis, que vem sendo apontada como séria ameaça à mesma cultura. A nova espécie consome mais de 200 pulgões por dia. Este agente de controlo biológico pode ser aplicado em diversas culturas, como em milho, tomate, couve.
Logo após a liberação do insecto, feita nas fases adulta, larval ou de ovos, o controle dos inimigos naturais já começa a ser feito. A Ungla ivancruzi tem um grande potencial para se tornar realidade na agricultura, já que pode ser criada e multiplicada em laboratórios usando tecnologias já conhecidas.

A prática do uso de agentes de controle biológico na agricultura, ainda pouco disseminada, esbarra no desconhecimento de muitos produtores que optam pelo uso indiscriminado de produtos químicos, que dão um resultado imediato, mas paliativo. Muitos agricultores, por desconhecimento, buscam métodos imediatos no controlo de pragas. No entanto, na natureza, há mais inimigos naturais do que pragas e os inseticidas têm dizimado muitos inimigos naturais. Hoje, com as pesquisas mostrando os pontos negativos do uso indiscriminado de produtos químicos, como a ocorrência de novas pragas ou a resistência das já existentes aos inseticidas, devemos oferecer condições para que os inimigos naturais se multipliquem. A tendência já é seguida por diversos grupos de agricultores.

Um exemplo é o grupo Reijers de produção de flores no Brasil. O grupo, além de desenvolver novas culturas de rosas, exporta parte da produção para a Europa e fazia até há dois anos o controle químico de pragas nas lavouras.
"Notamos que com o controlo químico as infestações de novas pragas estava a aumentar. Decidimos, então, a fazer o controle seletivo das pragas mais severas e apostamos no controle biológico dos ácaros", descreve o engenheiro ambiental e coordenador da Reijers. Além do ataque do ácaro nas plantações de rosas, a infestação de mosca-branca era constante. Numa área de 16 hectares, o coordenador diz que conseguiu uma eficiência no controle de até 85% desta praga usando crisopídeos. Depois da libertação dos agentes de controle biológico nas lavouras, a própria infestação de pragas diminuiu muito, já que se permite a multiplicação de novos inimigos naturais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000235.php

Opinião pessoal

Finalmente está-se a redescobrir que os métodos de controlo de pragas utilizados no passado podem ser mais eficazes do que eu se pensava. Isto é muito importante pois mostra que há alternativas quer a pesticidas quer aos transgénicos que produzem esses mesmos pesticidas. Tudo isto é um grande passo para a agricultura biológica que se está a afirmar como uma grande alternativa.

Compreensão dos transgénicos

O pouco conhecimento sobre os mecanismos de controlo de fluxo génico é um dos maiores entraves atuais para o cultivo de plantas transgénicas no mundo. Um trabalho desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Pasadena, EUA, baseado em conhecimentos de genética molecular, permite compreender melhor o processo de reprodução vegetal e, consequentemente, o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.

O conhecimento adquirido pela utilização da genética molecular em combinação de modelos experimentais em biologia vegetal nos últimos 15 anos vem permitindo um grande avanço no conhecimento dos mecanismos envolvidos da reprodução vegetal.

Dois resultados dos estudos de Arabidopsis, como organismo modelo, merecem destaque: a indução da floração e a formação da flor. Para indução da floração é necessária uma complexa cadeia de sinais que envolvem qualidade da luz, foto-período, estudos de hormonas e da semente, entre outros factores. Muitos dos genes envolvidos nestas etapas já foram caracterizados e, nos últimos anos, começaram a ser utilizados em biotecnologia vegetal para obtenção de plantas com redução da fase juvenil.

A floração adiantada é uma característica agronómica de grande valia em estratégias de melhoramento tradicional. Esses exemplos ilustram a forte ligação entre o conhecimento adquirido a partir de um organismo modelo e a obtenção de um produto tecnológico. Além dos aspectos relacionados diretamente à produção, o melhor entendimento da reprodução vegetal é fundamental para o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.

Actualmente o fluxo génico é considerado um dos principias problemas na adopção dos cultivos de plantas transgênicas em todo mundo. O grupo da UFRJ, em colaboração com a Universidade de Pasadena vem estudando de maneira sistemática a expressão génica em órgãos florais com o objetivo de entender como os genes reguladores da identidade dos orgãos florais actuam para a formação das diversas partes da flor (sépalas, pétalas, estames, carpelos). Os estudos vêm contribuindo de forma significativa para a melhor compreensão dos eventos moleculares que são responsáveis pelo desenvolvimento reprodutivo de vegetais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000236.php

Opinião pessoal

Embora esta descoberta poder ser importante no desenvolvimento de culturas biológicas, ele não responde ás questões fundamentais dos OGM que tem a ver com om impacto na Natureza.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Agricultura biológica a crescer na Madeira

O crescimento da AB é uma realidade «a nível mundial e a Madeira acompanha essa tendência», disse à Lusa o director de Serviços do Desenvolvimento da Agricultura Biológica.

Entre 2000 e 2007, segundo o levantamento realizado pela Secretaria Regional do Ambiente dos Recursos Naturais, a AB na Madeira cresceu de 22 para 240 hectares e o número de agricultores passou de 17 para 78 (359 por cento). Este crescimento significa que 5% da área de cultivo da Região está convertida à agricultura biológica. Pastagens, plantas aromáticas, pousio, frutos frescos e horticulturas são as áreas de culturas em produção biológica na Madeira cuja produção e produtos congregam já interesses de empresas do sector agro-alimentar e da comercialização e a procura por parte da indústria hoteleira. «Há hotéis em que alguns dos segmentos dos seus clientes exigem alimentação à base exclusivamente de produtos derivados da agricultura biológica».

A SARN destacou que a agricultura que «recorre muito à informação do passado, mas que aplica uma base científica actual», é muito mais exigente quer do ponto de vista ambiental, quer no da segurança alimentar. No entanto, «os custos de poluição na agricultura convencional fossem contabilizados, concluiríamos que a agricultura biológica seria muito mais barata». «Há terrenos de vinha no Estreito de Câmara de Lobos que não são revolvidos há oito anos devido à fertilidade que as técnicas da agricultura biológica possibilitaram e que excluem produtos químicos e sintéticos como os pesticidas».

As ajudas da UE, que poderão atingir os 65 % a fundo perdido no novo quadro comunitário de apoio, os apoios dos serviços técnicos e científicos da SRARN, as parcerias internacionais como as das regiões da Macaronésia (Madeira, Açores, Cabo Verde e Canárias), nomeadamente na criação de uma escola de agricultura biológica, e a proposta de decreto legislativo regional, já aprovada, que declara a Madeira zona livre de cultivo de variedades OGM e que incentiva a agricultura convencional e biológica são algumas das medidas potenciadoras do crescimento desta área da agronomia na Região. "A agricultura biológica faz parte da medida de barómetro de qualidade na Região o que significa um estímulo à produção e uma aposta no futuro", realçou o director regional da Agricultura, Bernardo Araújo, adiantando que os projectos de conversão têm crescido de ano para ano, tendo registado um crescimento médio nos últimos cinco anos de 30 por cento.

Fonte: Lusa

No Faial só biológico

O secretário açoriano da Agricultura admitiu ontem que a ilha do Faial poderá ser a primeira do arquipélago a possuir uma produção agro-pecuária totalmente biológica No final de um encontro com as associações agrícolas e com a Cooperativa de Lacticínios do Faial, Noé Rodrigues adiantou que vai ser realizado um estudo para determinar a viabilidade desta medida.

A intenção é criar novos produtos de valor acrescentado, com grande aceitação no mercado nacional, à base de produção biológica, incluindo os produtos lácteos, a carne e mesmo a floricultura. O governante salientou que as quantidades de adubos e químicos utilizados anualmente pelos produtores do Faial são relativamente baixas, quando comparadas com outras ilhas, o que indicia que a agro-pecuária já se realiza de uma forma muito próxima da biológica. Contudo, o processo de certificação da produção biológica é demorado e complexo e que poderá demorar, pelos menos, três anos. A implementação deste tipo de produção dependerá também da capacidade de produção da Cooperativa de Lacticínios do Faial e da aceitação dos agricultores locais.

Confrontado com esta ideia o presidente da Direcção da Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial manifestou-se optimista quanto à possibilidade de implementar uma produção biológica na ilha. No seu entender, “trata-se de uma ideia interessante”, que vai permitir “valorizar os produtos” da ilha e “recolher frutos mais tarde ou mais cedo”. A pequena dimensão da produção agrícola do Faial, poderá facilitar a implementação da produção biológica, bem como a sua fiscalização.

Fonte: Lusa

Opinião pessoal

Este é um grande passo na divulgação da AB, com a maior produção de produtos biológicos o preço destes irá baixar assim como a aceitação destes. Tudo isto permitirá que as pessoas tenham uma maior qualidade de vida e a Natureza será preservada.

Pressa nas rações GM

A Valouro tem uma filial dedicada à importação de matérias-primas (Oleocom) cujos responsáveis expressaram ontem as suas preocupações por dentro de alguns meses se verem impossibilitados de fornecer soja, proteína de origem vegetal da qual são deficitários. Segundo informou o grupo, produtor de rações e de animais, o país importa cerca de 80 por cento das matérias-primas para a preparação e fabrico dos produtos compostos para animais, com destaque para a soja. «Há o risco muito sério de a curto prazo (seis meses), com a introdução de quatro novas variedades de OGM de soja nos EUA, Brasil e Argentina, a Europa ter uma ruptura de fornecimentos. «Podemos de um momento para o outro haver uma ruptura de fornecimento de produtos de origem animal para a carne, leite e ovos».

De acordo com o administrador, a Europa vai aprovando os OGM de forma desfasada dos outros países produtores e «há aqui um interregno que cria sérias dificuldades». Esta discrepância «impede-nos de utilizar OGM de forma rápida porque enquanto não estão autorizados na Europa a tolerância à contaminação destas variedades é zero». «A Europa fica impossibilitada de fazer importações de soja da qual depende em larga escala. Dependemos da soja importada dos EUA, do Brasil e da Argentina onde não há garantia que não seja geneticamente modificada».

Ao aparecerem novas variedades de OGM na próxima campanha em países produtores, e não havendo a nível europeu uma «sincronização» nas autorizações com estes países, «devido à pesada máquina burocrática da UE e a forças como o Greenpeace que se opõem por princípio a qualquer OGM, leva a que haja estes desfazamentos», sublinhou. Para Chaveiro Soares está «mais que se provado que os OGM não têm qualquer inconveniente para a saúde dos consumidores».

O presidente da subcomissão de Agricultura disse que relativamente aos OGM existe um «paradoxo» considerando que é necessária uma clarificação por parte da Comissão Europeia (CE). «É proibida (na Europa) a adição de determinados OGM nos alimentos dos animais mas depois é autorizada a importação de carne de países onde esses mesmos OGM são introduzidos nesses alimentos, é um paradoxo que a UE tem que clarificar».

Fonte: Lusa

Opinião pessoal

Embora possam discordar da utilização de transgénicos o deputado tem toda a razão, a situação dos transgénicos na UE tem de ser clarificada pois estamos a consumi-los de um modo ou de outro e as leis para impedir que isto aconteça são pouco explícitas.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Estudo confirma que a Agricultura Biológica é melhor que a convencional


Os alimentos biológicos são melhores do que os alimentos não biológicos, segundo as principais conclusões de um estudo co-financiado pela União Europeia. O projecto conduzido pela Universidade de Newcastle, encontrou uma tendência geral segundo a qual os alimentos biológicos contêm mais antioxidantes e menos ácidos gordos do que produtos idênticos cultivados por processos convencionais.

Este estudo envolveu 33 instituições científicas, independentes, sendo até ao momento o maior estudo sobre alimentos provenientes da Agricultura Biológica (AB). As conclusões revelam que estes alimentos são mais nutritivos, do que os restantes, e podem contribuir para o aumento da esperança média de vida.

O projecto de quatro anos, com um orçamento de 12 mil libras, poderá terminar com os longos anos de debate sobre este tema e provavelmente derrubará a actual posição do governo inglês e da Agência Inglesa para os Padrões Alimentares (Food Standards Agency - FSA) segundo a qual os alimentos biológicos não são mais do que uma escolha de estilo de vida para os quais não existem evidências de vantagens nutritivas.

Os investigadores cultivaram frutos, vegetais e criaram gado com técnicas de AB e não biológica numa quinta próxima da Universidade de Newcastle, bem como em outros locais da Europa. Os resultados indicam que foram “encontrados níveis entre 50% e 80% mais elevados de antioxidantes no leite do gado proveniente de pastagens biológicas face aos alimentados em pastagens não biológicas. O trigo, os tomates, as batatas, o repolho, as cebolas e a alface mostraram níveis de nutrientes 20% a 40% superiores aos níveis de nutrientes presentes em alimentos não biológicos”. Os cientistas acreditam que este factor pode reduzir o risco de cancro e doenças do coração, duas das principais causas de morte entre os britânicos. Estes alimentos biológicos também tiveram níveis mais altos de minerais benéficos à saúde, como ferro e zinco.
O professor Carlo Leifert, coordenador do projecto, disse que as diferenças foram tão marcantes que a produção de alimentos biológicos ajudaria a aumentar a dose nutritiva dos indivíduos que não comem as cinco porções diárias de fruta e legumes. Segundo Leifert, o governo inglês enganou-se ao afirmar não haver nenhuma diferença entre produtos biológicos e não biológicos, “já existem bastantes evidências que indicam o elevado nível de vantagens dos alimentos biológicos”.

Mas o estudo, ainda a publicar, também mostrou variações significativas. Para Carlo Leifert o estudo mostra que "há mais compostos desejáveis nutritivamente e menos dos indesejáveis nos alimentos biológicos. A nossa pesquisa está agora a tentar descobrir de onde vem essa diferença entre os alimentos biológicos e os não biológicos. O que realmente nos interessa é descobrir o porquê de tanta variabilidade no que diz respeito às diferenças, o que leva a que o sistema agrícola permita um nível mais alto de conteúdos nutritivos desejáveis e menor para conteúdos indesejáveis”. Para este investigador “o que se espera é que estas conclusões do estudo ajudem os agricultores biológicos a melhorar a qualidade dos seus produtos”. Os resultados finais do projecto serão publicados durante os próximos 12 meses.

A FSA, actualmente afirma "os consumidores também podem decidir comprar alimentos biológicos porque acreditam que são mais seguro e mais nutritivos do que os outros alimentos, contudo, as evidência científicas actuais não apoiam esta visão". Mas a organização está a avaliar se os alimentos biológicos possuem maior conteúdo nutritivo e não-nutritivo, devendo ser publicado no próximo ano um relatório sobre este tema.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Monforte será zona livre de transgénicos


A Assembleia Municipal de Monforte, um dos dois concelhos alentejanos onde há empresas que pretendem realizar testes com culturas transgénicas, decidiu que todo o território do município deve ser «Zona Livre de Cultivo de Variedades Geneticamente Modificadas».

A decisão da Assembleia Municipal (AM) foi tomada por unanimidade na última sexta-feira, de acordo com proposta já anteriormente aprovada pela Câmara Municipal (CM), baseada no «desconhecimento que representam as culturas transgénicas».

«A Assembleia e a Câmara manifestaram-se, desta forma, contra o desconhecido. Não aceitamos que Monforte seja cobaia para testar algo que ninguém conhece», argumentou hoje à agência Lusa o presidente do município, Rui Maia da Silva.

A realização de ensaios de campo com duas variedades de milho transgénico tolerante a herbicida não autorizadas na União Europeia foi pedida por duas empresas da indústria da engenharia genética: a Pioneer e Syngenta.

Os pedidos, que estiveram em processo de consulta pública entre 31 de Janeiro e 01 de Março, referiam-se a testes a efectuar, durante três anos, nos concelhos alentejanos de Monforte (Portalegre) e de Ferreira do Alentejo (Beja).

Na última sexta-feira, a Plataforma Transgénicos Fora, que reúne 12 Organizações Não Governamentais (ONG) das áreas do ambiente e agricultura, exigiu do Governo a anulação da consulta pública, alegando «irregularidades» durante o processo.

Além deste argumento de ordem administrativa, a plataforma indicou também «numerosas» razões para que o Ministério do Ambiente não autorize os pedidos, como no caso de Monforte, em que a parcela prevista para testes está inserida na Zona de Protecção Especial (ZPE), que faz parte da Rede Natura 2000.

A existência nesse local de aves estepárias e a localização do terreno junto a linhas de água são outros dos argumentos invocados, juntamente com críticas aos planos de monitorização de risco propostos e à intenção das empresas de enterrar as culturas no final de cada ciclo de testes.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Roménia bane milho transgénico da Monsanto por falta de segurança


O governo romeno anunciou que vai banir do país o milho geneticamente modificado MON 810 da Monsanto. A decisão é particularmente importante já que o milho é o único cultivo comercial de transgénicos permitido na Europa.

A Roménia é o principal produtor de milho da União Europeia em total de hectares plantados, com cerca de 3 milhões de hectares cultivados anualmente. Do milho MON 810 foram plantados 300 hectares no país desde 2007, representando apenas 0,01% do total de produção de milho romeno.

Com o anúncio do ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Roménia, Attila Korodi, o maior produtor de milho da Europa ficará livre de transgénicos. A Roménia é o oitavo país da Europa a banir o cultivo de variedades transgénicas, seguindo os passos da França, Hungria, Itália, Áustria, Grécia, Suíça e Polónia. Preocupações sobre a segurança do milho MON 810 levaram o governo romeno a agir. Estudos científicos mostram que o milho MON 810 provoca danos à fauna, solo e saúde humana. Uma toxina embutida, programada para matar pragas, entra no solo e provoca danos a minhocas, borboletas e aranhas. Um recente estudo encontrou sinais de toxicidade nos órgãos internos de animais alimentados com milho transgênico.


No final de 2007, o Comissário da União Europeia para o Meio Ambiente usou estudos similares para bloquear o cultivo de outras duas variedades de milho transgénico, parecidos com o MON 810, na UE. Ele também fez referências a novos estudos que mostram que a toxina Bt produzida pelo milho transgênico tem efeitos negativos nos ecossistemas aquáticos. Contaminação genética
A contaminação de plantações convencionais por transgénicos é um problema sério. Em 2007 apenas, houve 39 novos casos de contaminação em 23 países. Apesar disso, não há padrões internacionais para responsabilizar as empresas de biotecnologia pelos danos causados e perdas financeiras. Em 1998, a Monsanto ganhou uma licença de 10 anos da Comissão Europeia para o cultivo do milho transgénico MON 810 por toda a UE. A licença termina este ano. O MON 810 é a única variedade transgênica com permissão para ser plantada na Europa.

O relatório Registro de Contaminação Transgénica 2007 já constatou 216 casos de contaminação genética em 57 países diferentes, desde que as plantações geneticamente modificadas começaram a ser feitas comercialmente (em 1996).



Opinião pessoal
Estas proibições estão a terminar não só com os transgénicos na EU como com o monopólio da Monsanto, e este segundo assunto pode ser muito mais importante pois, caso a Monsanto acabe por acabar poderemos saber mais facilmente se os estudos por eles realizados são tão falsos como os ambientalistas dizem.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Governo tem de usar cláusula de salvaguarda

O governo francês instaurou recentemente uma moratória ao cultivo de organismos geneticamente modificados através da aplicação da cláusula de salvaguarda. Esta medida baseou-se num conjunto de 25 estudos científicos que apontam para a existência de riscos para o ambiente, para a agricultura e para a saúde humana decorrentes da utilização das variedades de milho geneticamente modificado MON810 (milho insecticida).

Nos dias 15 e 16 de Março reuniu-se em Derio, no País Basco um conjunto amplo de organizações e movimentos sociais da Península Ibérica. Os movimentos e organizações presentes convergiram numa estratégia conjunta para exigir aos governos de Zapatero e Sócrates a aplicação da cláusula de salvaguarda para a instauração de uma moratória ao cultivo de transgénicos.

Os movimentos e organizações participaram no Fórum intitulado “Com soberania alimentar, sem transgénicos”. Além de movimentos ecologistas e de agricultores de Portugal e do estado Espanhol, este evento contou também com agricultores da Via Campesina provenientes de 4 continentes, num total de mais de 200 participantes. De Portugal estiveram presentes delegações da Plataforma Transgénicos Fora, da Confederação Nacional de Agricultura, do GAIA e da Quercus.

Ao longo dos dois dias de trabalho e das várias oficinas temáticas, os participantes elaboraram uma declaração conjunta , que reforça a rejeição generalizada dos cidadãos ao consumo transgénicos e alerta para a necessidade de preservação dos cultivos tradicionais e a defesa da soberania alimentar, ameaçados pela proliferação dos cultivos transgénicos.

Opinião pessoal

Na minha opinião não se deve autorizar o cultivo de transgénicos até se ter a certeza sobre todos os efeitos negativos que estes podem trazer, no entanto, como estes senhores, vir mostrar apenas os aspectos mais negativos dostransgénicos não se faz. Se eles quisessem mostrar que os transgenicoseram assim tão maus deveriam mostrar os dois lados do assunto, mas não o fizeram porque as provas não são assim tão boas.

Fonte: plataforma transgénicos fora

quinta-feira, 13 de março de 2008

Sondagem - Análise

Foi encerrada no passado dia 24 de Fevereiro, a nossa sondagem que propunha a todos os visitantes do nosso espaço uma pergunta muito simples, mas que no entanto serviu para tirarmos conclusões importantes para o nosso projecto. Esta sondagem contou 38 votos. Desde já agradeçemos a todos os que participaram. A questão era: "Já alguma vez provaste produtos biológicos?".
Bem, a maior parte dos que responderam á questão afirmaram que já comeram produtos biológicos (23 votos de um total de 38, o que perfaz cerca de 71%). Os restantes 11 responderam negativamente, o que traduz em 28%. Assim, uma das conclusões que podemos afirmar é que a divulgação de informação para uma maior comercialização deste tipo de produtos ainda não é a suficiente. Outra das razões poderá ser o facto destes produtos apresentarem um valor monetário bastante grande, facto que é muito importante hoje em dia para a sociedade.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Agricultores europeus pedem a Durão que Europa autorize OGM

Uma delegação de agricultores europeus deslocou-se no passado dia 14 a Bruxelas para pedir a Durão Barroso, que os ajude a desbloquear a aprovação de produtos geneticamente modificados (OGM) na Europa, criticando a posição «incongruente» da União Europeia.

Uma delegação de agricultores europeus deslocou-se hoje a Bruxelas para pedir a Durão Barroso, que os ajude a desbloquear a aprovação de produtos geneticamente modificados (OGM) na Europa, criticando a posição «incongruente» da União Europeia.

Um dos «rostos» da delegação era um produtor português, António Tavares, que em declarações à Lusa sublinhou os «aumentos vertiginosos» nos custos de produção de carne - dada a impossibilidade de alimentar os animais com cereais transgénicos, ao contrário do que sucede em muitos outros países do Mundo - , sustentando que tal «poderá levar ao desaparecimento de muitos produtores e, consequentemente, à ruptura de abastecimento de carne na União».

Na carta dirigida a Barroso com a data de São Valentim, os agricultores dizem que é altura de a UE despertar para a realidade da biotecnologia, pois, «numa história de amor global, apenas a Europa está ainda nos flirts».

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Áreas de produtos transgénicos quadriplicaram em Portugal

A área cultivada de milho geneticamente modificado em Portugal mais do que quadruplicou no ano passado em relação a 2006, segundo um relatório do Ministério da Agricultura, que diz serem «insignificantes» os níveis de contaminação das culturas tradicionais.
No ano passado, a área cultivada de OGM aumentou 330 por cento face a 2006, ultrapassando os quatro mil hectares (o que equivale sensivelmente a oito mil campos de futebol), com cultivos em todas as zonas do país, excepto nas Regiões Autónomas.
O Alentejo é a zona com maior área de OGM plantados (com mais de 2.300 hectares), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (1.291 hectares) e da zona Centro, com quase 500 hectares.
O Algarve e a zona Norte têm áreas de cultivo pouco consideráveis, respectivamente 50 e 62 hectares.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Balanço do nosso projecto até ao momento

Neste 2º período de aulas, o nosso projecto tem vindo a ser realizado da maneira como estava inicialmente previsto, isto é, a um bom ritmo e com muito boas perspectivas para o futuro (próximo).
O inquérito, como estava previsto, foi já realizado e diga-se com sucesso. Os alunos aderiram bem ao conteúdo do mesmo, respondendo com seriedade ás questões por nós colocadas.
Os resultados obtidos neste mesmo inquérito irão ser divulgados em inícios do próximo mês (Março).
Ainda durante este período, o tema do nosso projecto tentará ser abordado sob um ponto de vista diferente, através da realização de um vídeo onde iremos transparecer a realidade acerca deste tema na nossa região.
Também já começámos a efectuar contactos com outras entidades experientes no assunto para a organização de uma palestra que irá ser complementada com uma mostra de produtos. Estas actividades realizar-se-ão no 3º período e estarão abertas a toda a comunidade quer escolar ou não!


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Alemanha - Rotulagem de produtos "Livre de Transgénicos"

O Parlamento alemão autorizou um novo rótulo que declarará os alimentos que não contenham organismos geneticamente modificados "livres de transgénicos", ou "GM Free".
Alimentos geneticamente modificados são um assunto delicado na Alemanha, onde grupos ambientalistas argumentam que muitas dessas culturas não são seguras para seres humanos e ambiente.
A lei deverá entrar em vigor em Março.
Sob a nova norma, leite, carne, ovos e queijo poderão ostentar o selo "GM Free" apenas se os animais não tiverem comido produtos geneticamente modificados.
Animais ainda poderão ter direito ao selo, no entanto, se tiverem sido expostos a vitaminas, aminoácidos ou outros aditivos transgénicos, desde que não existam alternativas viáveis no mercado.
Lembre-se que a União Europeia já exige que os alimentos que contêm organismos geneticamente modificados sejam rotulados de acordo.

Rotulagem- até que enfim

A câmara alta do Parlamento alemão autorizou um novo rótulo que declarará os alimentos que não contenham organismos geneticamente modificados "livres de transgênicos", ou "GM Free".

Alimentos geneticamente modificados são um assunto delicado na Alemanha, onde grupos ambientalistas argumentam que muitas dessas lavouras não são seguras para seres humanos ou o meio. Sob a nova norma, leite, carne, ovos e queijo poderão ostentar o selo "GM Free" apenas se os animais não tiverem comido produtos geneticamente modificados.
Animais ainda poderão ter direito ao selo, no entanto, se tiverem sido expostos a vitaminas, aminoácidos ou outros aditivos transgênicos, desde que não existam alternativas viáveis no mercado.

A lei da União Européia já exige que os alimentos que contêm organismos geneticamente modificados sejam rotulados de acordo.

Opinião pessoal

Apesar dos transgénicos deverem ser rotulados por lei ninguém o faz e finalmente alguém se lembrou que as pessoas têm o direito de escolher se querem ou não consumir transgénicos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

OGM - Aplicações

A indústria biotecnológica alega poder introduzir uma série de nutrientes importantes para fornecer uma alimentação mais completa às populações, principalmente àquelas que dependem essencialmente de um só tipo de cultura, como é o caso do arroz. O exemplo mais promissor deste novo conceito é o denominado arroz dourado, um arroz que produz beta-caroteno e que é metabolizado pelo nosso organismo em vitamina A. Segundo a OMS, a carência de vitamina A verifica-se em 250 milhões de pessoas, principalmente no sudoeste asiático, e conduz anualmente à cegueira de cerca de 500 mil crianças. A inovadora aproximação do arroz dourado a este grave problema de saúde pública exige atenção e esforço por parte das autoridades mundiais, mas infelizmente muitos obstáculos têm sido colocados evitando assim que a sua implementação seja eficiente, segura e célere. Outras aplicações na saúde pública: A progressiva sequenciação dos genomas de alguns organismos, auxilia a descoberta dos genes responsáveis pelas vias biossintéticas de importância nutricional. Com este conhecimento, estão a ser desenvolvidas variedades hortícolas com maior valor nutritivo, designadamente batatas mais ricas em proteínas essenciais ou trigo com menos alergéneos. Também os alimentos naturalmente pobres em ferro poderão ser enriquecidos com genes que induzam a acumulação desse elemento na sua composição. A deficiência em ferro é a forma mais comum de subnutrição na população mundial, tornando-se mais dramática nas dietas pouco variadas, daí a crucial importância de enriquecer em ferro alimentos como o arroz.Por outro lado, diversas plantas estão a ser melhoradas no sentido de produzirem ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa, existentes sobretudo nas gorduras dos peixes e que apresentam propriedades preventivas da aterosclerose e até de certos tipos de cancro.Tomates transgénicos podem reduzir o envelhecimentoOs tomates transgénicos, ricos em licopenos, poderão ter um efeito significativo no bem-estar e saúde globais. Os licopenos são antioxidantes que previnem a formação de radicais livres de oxigénio reduzindo assim a degeneração celular e todas as condições que daí poderão advir, tais como as neoplasias, as complicações cardiovasculares e o envelhecimento. Adicionalmente, novas variedades de tomates transgénicos, ricos em licopenos, poderão ter um efeito significativo no bem-estar e saúde globais. Os licopenos são antioxidantes que previnem a formação de radicais livres de oxigénio reduzindo assim a degeneração celular e todas as condições que daí poderão advir, tais como as neoplasias, as complicações cardiovasculares e o envelhecimento. Outro desafio interessante que se coloca a esta área de investigação é o benefício da eventual criação de plantas com propriedades medicinais e plantas que funcionem como vacinas orais.A vacinação oral através de plantas comestíveis tem um óbvio potencial tanto pela sua maior acessibilidade como também por ser uma alternativa aos métodos de conservação e refrigeração necessários com as vulgares vacinas injectáveis.A vacina oral para a hepatite B tem sido alvo da maior atenção por parte da comunidade científica, uma vez que a hepatite B infecta actualmente cerca de 400 milhões de pessoas no mundo inteiro e pelo menos um terço não tem acesso à vacina injectável que se encontra já comercializada.



É certo que será fantástico se tal facto se realizar, pois permitirá acabar com problemas graves como por exemplo, a fome nos países africanos e asiáticos. Mas será que podemos mudar as relações estabelecidas inter e intra-especificas entre os diversos ecossistemas? Tais benefícios compensariam as alterações de toda uma Natureza, que poderá ter consequências catastróficas para a Vida na Terra?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Agricultura biológica em Portugal


Como vimos na imagem o cultivo de produtos biológicos em Portugal está presente em quase todo o território o que nos leva a pensar que já muitas pessoas têm consciência ambiental e se preocupam com o que lhes passa pela "goela". Isto leva-nos a pensar o porquê de haver tão pouca propaganda para este tipo de produtos.

Como se criam transgénicos?



http://www.terra.com.br/reporterterra/transgenicos/

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Portugueses receptivos aos alimentos transgénicos

Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) onde há uma maior receptividade aos alimentos geneticamente modificados (OGM), revela um estudo sobre biotecnologia que vai ser apresentado terça-feira em Bruxelas.

O sexto «Eurobarómetro» sobre «Os Europeus e a Biotecnologia», realizado no ano passado, revela ainda que Portugal é o terceiro país da União Europeia onde há um maior optimismo relativamente à biotecnologia (71 por cento de «optimistas», contra 53 no anterior barómetro, em 2002), imediatamente atrás de Suécia e Espanha.

Portugal é um dos sete países da UE a 25 onde os apoiantes superam os opositores aos alimentos transgénicos, contrariando a tendência registada no espaço comunitário, onde há um apoio generalizado à aplicação da biotecnologia médica e industrial, mas oposição crescente no domínio agrícola (58 por cento consideram que não deve ser encorajada).
O eurobarómetro sobre biotecnologia, na sua sexta edição - o último havia sido realizado em 2002 - é baseado numa amostra representativa de 25.000 inquiridos, aproximadamente mil em cada Estado-membro.

OGM: Criado fundo de compensação para culturas contaminadas

Os agricultores afectados pela contaminação acidental do cultivo de transgénicos vão dispor, nos próximos cinco anos, de um fundo de compensação dos prejuízos, segundo um decreto-lei publicado hoje em Diário da República.

As compensações, ao abrigo do fundo criado no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, aplicam-se a produtos agrícolas não transformados contaminados por organismos geneticamente modificados (OGM) em teores superiores a 0,9 por cento, valor a partir do qual, de acordo com as normas europeias, é obrigatória indicação no rótulo.

A obrigação da rotulagem dos produtos convencionais ou de produção biológica como contendo organismos geneticamente modificados «poderá conduzir à sua desvalorização económica com consequências negativas para o respectivo agricultor», refere o diploma.

Fora do âmbito do fundo ficam os casos em que a contaminação seja provocada pelo não cumprimento, por parte do agricultor que cultiva espécies geneticamente modificadas, das normas que regem este tipo de culturas.

O fundo será financiado pelos comerciantes ou agricultores que usem OGM, a quem será cobrada uma taxa de 4 euros por cada embalagem de 80 mil sementes, e gerido em conjunto pelas direcções gerais da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR)e do Tesouro e Finanças.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Modo de Produção Biológico

No âmbito da agricultura europeia tem vindo crescentemente a impor-se o Modo de Produção Biológico de produtos vegetais e animais. O Modo de Produção Biológico responde positivamente quer às exigências dos consumidores quer à preservação do meio ambiente e da biodiversidade, respeitando profundamente o saber fazer dos agricultores e o futuro da Terra, utilizando técnicas e produtos compatíveis com uma agricultura economicamente viável e com a obtenção de produtos de qualidade.Assim, e de um modo geral, pode dizer-se que a prática da Agricultura Biológica obriga a que:


  1. As explorações agrícolas tenham que passar por um período de conversão de duração diversa, consoante as circunstâncias;

  2. A fertilidade e a actividade biológica dos solos devem ser mantidas ou melhoradas através de:
    · culturas apropriadas e sistemas de rotação adequados
    · incorporação nos solos de matérias orgânicas adequadas

  3. A luta contra os parasitas, as doenças e as infestantes deve ser feita através de:
    · escolha de espécies e variedades adequadas,
    · programas de rotação de culturas,
    · processos mecânicos de cultura,
    · protecção dos inimigos naturais dos parasitas das plantas.

  4. Os animais devem preferentemente ser escolhidos de entre raças autóctones ou de raças particularmente bem adaptadas às condições locais.

  5. Este modo de produção é uma actividade ligada à terra, pelo que os animais devem dispor de uma área de movimentação livre, devendo o seu número estar em equilíbrio com a dimensão da exploração e as produções vegetais.

A prevenção de doenças dos animais baseia-se nos seguintes princípios:
a. Selecção das raças ou estirpes de animais adequadas à exploração;
b. Aplicação de práticas de produção animal adequadas às exigências de cada espécie, fomentando uma elevada resistência às doenças e prevenção de infecções;
c. Utilização de alimentos de boa qualidade, juntamente com o exercício regular e o acesso à pastagem;
d. Garantia de um encabeçamento adequado, evitando a sobre população.

Presença das culturas transgénicas no Mundo



Fonte:
http://www.fsa.ulaval.ca/personnel/VernaG/EH/GIF/cultures_OGM.GIF

Investigadores pedem ao Governo espanhol que proíba cultivo de transgénicos

Mais de 300 investigadores e representantes da sociedade civil assinaram um manifesto onde pedem ao Governo espanhol que proíba o cultivo de transgénicos.A medida - tomada dias depois da França ter proibido o cultivo do milho transgénico MON 810, da Monsanto – quer alertar para a “ameaça que representam para a agricultura e para a sustentabilidade” as sementes transgénicas. Em Espanha existem 75 mil hectares cultivados com milho MON 810.“Não se trata de um debate técnico, mas tão simplesmente de conservação, saúde humana e ambiente”, comentou Liliane Spendeler, presidente da associação Amigos da Terra em Espanha.“Trata-se de uma tecnologia que está a destruir a biodiversidade, e que nasceu como subproduto da indústria militar. É lamentável que Espanha seja um vector de produção destes cultivos na Europa, quando é um país rico em biodiversidade”, disse o investigador do Jardim Botânico de Las Palmas de Gran Canaria, Eugenio Reyes.O documento pretende promover um debate na sociedade sobre os OGM (organismos geneticamente modificados). O manifesto foi apoiado por peritos de centros de investigação, universidades, jardins botânicos e de sindicatos e organizações ecologistas. A decisão do Governo francês baseou-se em relatórios científicos sobre os impactos do MON 810, nomeadamente a impossibilidade de evitar a contaminação a outras plantações, a promoção da resistência dos insectos visados e os efeitos tóxicos sobre outros organismos.


Fonte:

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Especialistas encontram elementos negativos milho transgénico

Um grupo de especialistas franceses detectou elementos «científicos negativos» em milho transgénico da variedade MON 810, o único que até agora se cultiva no país, e as suas conclusões figuram num boletim oficial hoje divulgado.

O estudo foi elaborado pela Alta Autoridade para os Organismos Geneticamente Modificados e dado a conhecer pelo presidente daquela entidade, Jean-François Legrand, que entregou uma cópia da análise ao ministro da Ecologia, Jean-Louis Borloo.

«Temos sérias dúvidas» acerca do comportamento do milho MON 810, afirmou Legrand, empregando uma frase que pode influenciar a decisão do governo acerca do cultivo deste organismo geneticamente modificado (OGM).

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse terça-feira estar disposto a activar a cláusula de salvaguarda sobre os OGM se a Alta Autoridade revelasse «sérias dúvidas» sobre aqueles que estão a ser cultivados em França até que a Comissão Europeia tenha uma resolução sobre o assunto.

Ou seja, o cultivo de uma planta transgénica ficaria proibido em França até Bruxelas o autorizar.

Por outro lado, o governo francês anunciou hoje que o projecto de lei sobre os OGM será debatido a partir de 5 de Fevereiro no Senado.